domingo, 22 de agosto de 2010

Conceito de Alienação para Marx e Georg Hegel

Para Marx:

O conceito de alienação é vasto e pode englobar várias maneiras e formas de pensamento. O primeiro filosofo a abordar esse tema foi Karl Marx. Isto está explicito em dois de seus trabalhos que respectivamente são: Manuscritos econômicos filosóficos (1844) e Elementos para a critica econômica política (1857), ambos enfatizam que o sistema capitalista é um sistema extremamente explorador e injusto, principalmente com as classes menos favorecidas economicamente, como a classe do proletariado sente na pele a todo momento essa injustiça.
Na idade média o artesão detinha todo o conhecimento da fabricação do produto, com o surgimento da industrialização o operário era apto e exercer e trabalhar em uma só função, ou seja, em uma parte da fabricação do produto, sendo assim o trabalhador não participando de todo o processo da produção não seria necessário entender o que estaria ajudando a produzir, tinha apenas que cumprir sua parte na linha de montagem. Peguemos o exemplo do fabricante de cordas para violões, antes do surgimento do capitalismo e suas grandes fabricas, quem fabricava as cordas conseqüentemente fabricava também o violão, afinava-o e tocava o instrumento muito bem. Com essa individualização na fabricação do instrumento, o operário fabricava as cordas enquanto outro fabricava o corpo do violão e o outro já fabricava o braço do instrumento, outro trabalhador é pago só para afina-lo e assim por diante. Assim não teria como obrigação todos os operários saberem tocar violão. Outro exemplo mais recente acontece com o operário metalúrgico que coloca portas nos carros produzidos na grandes montadoras, o mesmo passa todo o período produtivo de sua vida montando automóveis para chegar a conclusão final de que nunca possuirá o bem que ajuda a fabricar. A esse exemplo pode-se encaixar o que Karl Marx chama de “objeto se sobrepondo ao sujeito”, em outras palavras, é a alienação da negação, pois Marx defendia a idéia que o individuo deveria se impor diante do objeto e não o contrário. A partir do momento que o sujeito nega a negação Marx da o nome desse acontecimento de “desalienação”.
A produção depende do consumo e o consumo depende da produção, esse modo é cíclico, quando se é consumido o que é produzido e não se produz mais, o ciclo se fecha. Esse ciclo pode ser definido como ciclo de alienação, porém em uma sociedade capitalista isso é impossível de acontecer, pois o que se é produzido tem que por obrigação ser consumido em um prazo mais rápido possível, para que se produza sempre mais e mais explorando o proletariado, que toma corpo quando por exemplo o patrão não paga o salário devido e não cumpre com os direitos trabalhistas. Sem essa exploração a elite não acumula capital e conseqüentemente não obtém lucros e assim não pode continuar o processo de alienação.
Marx também trabalha a alienação humana através do fetichismo, onde o individuo começa a valorizar mais os bens materiais como automóveis, mansões, etc. e deixa-se de admirar atos bondosos ou a inteligência do sujeito e passa a dar mais valor ao capital que o sujeito tem, sendo o dinheiro o maior desses fetichismos, pois com o dinheiro se é capaz de comprar todos os bens matérias.
A religião também tem grande poder de alienar, pois explica fatos que são cientificamente inexplicáveis. Certa vez Marx citou em seu livro Manuscritos econômicos filosóficos, (paginas 45-46): “A religião é o suspiro do oprimido, é o ópio do povo”.

Para Hegel:

Para Hegel a “espécie-vida” do homem torna-se apenas um meio de existência física. O resultado é a propriedade privada, que constitui a expressão da alienação do homem. Através dela, objetos adquirem um valor independente do que os homens neles puseram com seu trabalho. Ocorre um processo de externalização da consciência, de modo que aquilo que o homem é projeta-se nos objetos.






Fonte: Internet